sábado, 30 de abril de 2011

Compreender

" Estava em meu blog e vi a publicação de um post sobre a Demi Lovato de uma seguidora, que é muito bom para as pessoas que julgam demais as pessoas; estas devem antes de qualquer coisa comprar um grande espelho e se enxergar".

Julgá-la é muito fácil, não é? Mas você já procurou saber a história dela, as superações dela antes de se pronunciar? Farei esse favor à você. Ela nasceu dia 20 de agosto de 1992, em Albuquerque, New Mexico, e muito nova se mudou para Dallas, no Texas. Quando tinha 2 anos, seu pai, Patrick Lovato, se divorciou de sua mãe, Dianna Hart, e então “abandonou” sua família. Ela luta contra a depressão a partir daí. Sua mãe se casou de novo, e desde então, seu padrasto era como um pai. Aos 6 anos, começa a atuar em Barney e seus amigos, e cria uma amizade com Selena Gomez. Sua vida ia bem até aí. Enfim, aos 12 anos de idade, quando estava na 7ª série, seus colegas começaram a chamá-la de gorda, diziam que nem o pai dela a quis, e fizeram uma lista chamada “Quem odeia a Demetria, assine aqui”. Todos assinaram. Selena era a única que a apoiava. Então, ela contou aos seus pais que sofria bullying, e eles a tiraram da escola e contrataram um tutor para ensiná-la em casa. Eles pensaram que essa era a solução… mas pra Demi, não era o suficiente. Ela colocou na cabeça que PRECISAVA emagrecer, porque de tanta vergonha de seu corpo, ela se cortava. Era o único jeito de “demonstrar” a vergonha de si. Antes de seus 15 anos, decidiu parar de comer, chegou a comer apenas 2 vezes por semana, mas isso não adiantava mais pois seu corpo havia se acostumado. Então tentou laxantes, jejuns e não resultava. Decidiu começar a vomitar. Vomitava 5 vezes ao dia, e só havia sangue no banheiro. Foi aí que as gravações para Camp Rock começaram. Ela era a protagonista, e a partir daí, a mídia colocava uma pressão nela. Ela entrava em blogs e via comentários desagradáveis. Ela já não gostava de seu corpo e ainda tinha que aguentar comentários maldosos… fotos que mostravam seus pulsos cicatrizados apareceram, então ela disse que eram marcas de pulseiras que usava e passou a se cortar em lugares menos visíveis. Desde então, sua carreira foi indo para a frente: CD’s, turnês, outros filmes, sua própria série na Disney; e ela passou todo esse tempo escondendo todo esse sofrimento. Em 2010, saiu em turnê com os Jonas Brothers incluindo Joe Jonas, com quem havia terminado uma recente relação, e como se não bastasse isso, ele levou sua nova namorada junto. Demi ainda o amava… ela vomitava antes dos shows, tanto que sua voz foi enfraquecendo. Ela passava mal antes dos shows. Sua bulimia havia avançado muito nesse tempo. Chegou um dia, que ela agrediu fisicamente uma de suas dançarinas, então ela  viu que precisava de ajuda. Deixou a turnê. Ninguém sabia o que se passava, seus fãs ficaram chocados. Então, surgiu a notícia de que ela estava se internando numa reabilitação por motivos emocionais e físicos. Julgaram-na de drogada e coisas de baixo calão, sem antes procurar saber o que houve. 3 meses depois, ela sai e esclarece tudo isso, além de ter descoberto que além de bulimia, sofria de depressão e bipolaridade. É, ela superou TUDO isso. E ela só tem 18 anos.
Agora pense: isso tudo foi causado por bullying. Dá pra ter uma noção do que PALAVRAS podem causar? Pense bem. Pense antes de julgar alguém, de fazer algum comentário que possa ser desagradável. Isso pode criar feridas.

http://ineedtochangemyways.tumblr.com/

Novidade da semana!

Essa semana tivemos aula de biologia com o Lu, e a matéria é sobre o aparelho genital masculino e o feminino.
O legal da aula dele é que aprendemos sobre nosso corpo, e também sobre sexo; o Lu tem o propósito de tirar esse tabu que nossa sociedade ainda carrega.
Sua última frase da aula foi: "Amor e sexo andam juntos", então me lembrei de um texto que eu já havia lido e postado em meu blog ( www.fernandabraz.tumblr.com ).

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.
Arnaldo Jabor


_Fernanda Monteiro Braz

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma visão sobre o preconceito

Existe preconceito até na fala:


"Preconceito linguístico é a atitude que consiste em descriminar uma pessoa devido ao seu modo de falar" .


O modo como falamos é reflexo de uma cultura que desenvolvemos com o decorrer do tempo. Alguns destes podem ser relacionados à região e o nome desta variação é a geografica ( diferenças de vocabulário, pronuncias de sons e construções sintáticas em regiões falates do mesmo idioma), um exemplo é o mineiro com suas falas próprias com o uso do "uai, sor, queijin, cafezin".
Outro modo de falar pode ser herdado do que aprendemos com nossos pais, avós, família e pessoas mais velhas, esta variação é chamada de histórica e um exemplo são palavras como "broto, você é uma uva", hoje só sabemos que estas expressões existiram porque  ouvimos comentários de nossos famíliares.
Outra forma de expressão é a condição financeira, sendo chamada de social ( o meio em que vive, faixa etária, sexo e grau de escolaridade), há tambem uma maneira inusitada de variação chamada de estilística ( onde cada indivíduo possui uma forma única de falar, adequando-a com cada situação).
O preconceito existe quando as pessoas acreditam que o correto é seguir a gramática normativa original do português, mas segundo o sociólogo Nildo Viana quem criou este preconceito às variedades não-padrão foram pessoas de alto nível social.
Estas diferenças estão diretamente relacionados ao preconceito social, pois vários fatores são julgados pelos setores privilegiados e dominantes da sociedade, definido assim a desigualdade entre classes.

"Tenho me esforçado para não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por entendê-las".
Marcos Bagno


_Fernanda Monteiro Braz

domingo, 10 de abril de 2011

Cecília Meireles - Amor

Estamos postando uma análise sobre um poema muito belo da Cecília Meireles , além de colocarmos algumas informações sobre essa escritora brasileira tão famosa e sábia.




O Amor...

É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"




Cecília Meireles


Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu no dia sete de
novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro.
Foi criada pela avó Dona Jacinta, pois perdeu os pais. Cecília
começou a escrever suas primeiras poesias, por volta dos nove anos.
Ela foi a primeira mulher a ter um livro premiado pela Academia
Brasileira de Letras. O livro chama-se Viagem.
Em uma de suas viagens para Portugal, Cecília iria conhecer Fernando
Pessoa, mas houve um desencontro da vida e não puderam se ver, mas a
poeta recebeu um livro autografado.
Cecília foi um grande ícone da poesia brasileira, um exemplo de
mulher.Seus poemas encantaram os leitores de todas as idades.
Cecília Meireles faleceu no Rio de Janeiro no dia 09 de novembro de 1964.

 Os amores de Cecília Meireles

O poema “Amor”, como diz o próprio título, tem como tema o amor. Fala
como ele é para vários tipos de pessoas, para os indecisos, para os
medrosos, para os apaixonados. Fala também que quem enfrenta o amor e
sabe quem amar é forte e que não devemos desistir de sermos felizes e
irmos atrás dos nossos amores.
Bom, o poema é composto de duas estrofes, sendo a primeira redondilha
menor e a segunda um quarteto, todos os versos são versos livres e a
maioria versos brancos. Os quatro primeiros versos são os únicos com
rima que são denominados emparelhados.
A figura de linguagem presente no texto é a metáfora, pois quando se
trata de um sentimento que é muito difícil de ser definido como é o
amor, para expressar seus pensamentos a autora usa a metáfora.

Amigo

Amigo
 
Amigo é um irmão diferente
Não é do sangue da gente
Não se compra, não se vende
Amigo a gente entende
 
"Amigo é base quando falta chão"
Sempre está lá para nos dar a mão
Amigo tem tanto o que ensinar
Sempre tentando nos consolar
 
Amigo é para nos acompanhar
Onde quer que a gente vá
Tem uns que chegam sem avisar
Outros avisam que não vão chegar
 
O importante é ter um amigo
Um amigo do peito
Um amigo de respeito
É impossível viver sem um amigo!
                                 
                            ( Tainá Arêdes, 1º ano I)