Fiz esse poema faz algum tempo, e como a sala está lendo o livro " A alma encantadora das ruas" , achei interessante publicar. No poema, faço uma crítica a situação de pobreza no mundo, e que, para ser um sábio não é preciso ser da alta sociedade e sim conhecer o mundo como ele realmente é.Além disso, faço uma ligação com a fé dessas pessoas, que são absolutamente crentes em Deus.
A realidade contradiz nossa concepção do que é o mundo.
Ó tu vistes a abundância de sábios no mundo?
Tiranos valentes que te cercam pelas ruas.
Abençoados sois vós senhores da calçada, perpétuos da fome e da exploração, que encontram em fios de fé, um tecido imenso de tear.
Em que rocas tu teces? Nas pedras frias da calçada.
Onde guardas tua roca? No armário da miséria e da realidade.
E a realidade o que é? A verdade de tuas origens.
De onde tu nasces sábio da humanidade? Nasces do berço de tua pobre mãe ajoelhada aos pés do Senhor, energizando sua fé em milagres divinos.
Retiras agora o teu pobre filho que, mesmo tendo oportunidade um dia de mudar, seguirá tua mãe como sombra.
Os maiores crentes em Deus são os que mesmo caídos ainda crêem n'Ele.
Bárbara Schlottfeldt Maia
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